sexta-feira, dezembro 29, 2006

ELEGIA


Deixa que minha mão errante adentre
Atrás, na frente, em cima, embaixo, entre
Minha América, minha terra é vista
Reino de paz, se um homem só a conquista
Minha mina preciosa, meu império
Feliz de quem penetre o teu mistério
Liberto-me ficando teu escravo
Onde cai minha mão, meu selo gravo
Nudez total, todo prazer provêm do corpo
(Como a alma sem corpo) sem vestes
Como encadernação vistosa
Feita para iletrados, a mulher se enfeita
Mas ela é um livro místico e somente
A alguns a que tal graça se consente 

Eu sou um que sabe.
(A partir de um poema de John Donner, poeta inglês do séc. XVII)